sexta-feira, 29 de maio de 2009

PÉS DESCALÇOS


Perco tempo.
Tempo volta!
Não!
Fiquei parada atrás da porta esperando a bala, a minha partida!
Meu rosto fatos!
Lágrimas secas, e uma excitabilidade apreendida.
Minha dor não transpassa essa cela.
Ando sorrindo, porque ruas não me lêem.
Mistérios!
Sentada frente ao vai e vem de carros, quem repara em semblantes?
Meu pensamento flutua diante de tantas expressões diferentes, tantas cores passando rápido.
Medo!
Não posso ter medo na altiva noite que vem chegando, ninguém andava na estrada!
Parte de mim saia para encontrar um pouco de lucidez,
pés descalços, tranqüila, sozinha...
POR ÂNGELA F. TAGLIAPIETRA

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